A quilha é o acessório mais importante da estrutura de uma prancha de surfe. Usar a quilha adequada para a prancha fabricada é fundamental para alcançar o desempenho desejado do equipamento. Hoje, no mercado, temos vários tipos, tamanhos, formatos e composições diferentes que geram uma enorme confusão na cabeça do surfista e podem acarretar na instalação da quilha errada na sua prancha gerando o mal funcionamento do equipamento. Em cada 10 surfistas, aproximadamente 7 usam as quilhas erradas e por isso, nesse artigo, daremos dicas importantes para que você possa escolher as quilhas corretas.
Funções das quilhas
As funções das quilhas na prancha são, basicamente, a de asa e de leme. As quilhas laterais funcionam como asa e a quilha central como leme.
- A função da Quilha Asa é fazer com que a prancha entre com a borda na água, ou seja, quem crava a borda da prancha na onda é a Quilha Asa. O tamanho dessas quilhas é determinado pelo volume da prancha e pela força do surfista. O formato varia em função do tipo de onda que será surfada. Para ondas com menor área que exigem curvas mais curtas é recomendado uma quilha pivot, já em ondas com mais área que possibilitam arcos mais longos deve-se usar lines de quilhas mais arqueadas.
- A Quilha Leme está relacionada a manobrabilidade da prancha. Lemes maiores resultam em mais segurança e lemes menores mais manobrabilidade, porém com mais instabilidade tendendo a derrapar. Para ondas pequenas é conveniente usar um leme menor, quando o mar cresce trocamos o leme por um tamanho maior.
Sistemas de encaixe
Atualmente existem no mercado pranchas monoquilhas, biquilhas, triquilhas e quadriquilhas. Os sistemas que substituíram as quilhas fixas são os encaixes da FCS e da FUTURES. O Sistema FCS ainda é subdividido em 1 e 2. Os encaixes FCS 2 e FUTURES são os mais recomendados nos tempos de hoje por possuírem uma maior área da base das quilhas dentro dos copinhos gerando mais transferência entre o corpo da quilha e a prancha.
Tamanhos de quilhas
Quantos aos tamanhos temos a nomenclatura SMALL, MEDIUM e LARGE, que também podem ser codificada em 3, 5 e 7.
Formatos das quilhas
Sobre os formatos, temos quilhas mais retas, chamadas de PIVOT e outras mais arqueadas, cada uma com suas características de tamanho de base, altura e comprimento do arco.
Materiais de composição das quilhas
Ainda há variações de materiais de composição como as plásticas, as de fibra e outras variações. As plásticas são quilhas bem acessíveis porém extremamente flexíveis gerando perdas enormes de transferência de energia. Por esse motivo são recomendadas apenas para iniciantes. As quilhas de fibra são mais rígidas e devem ser usadas por surfistas que buscam performance, pois permitem cravar a borda com mais facilidade e proporcionam maior projeção da prancha.
Número de quilhas na prancha
Monoquilhas
Para compensar a ausência das asas, nas monoquilhas necessitamos de menor área de rabeta para facilitar a penetração da borda na água.
Biquilhas
Já as biquilhas possuem asas extremamente grandes e não exigem leme, se tornando as mais manobráveis das pranchas, porém, por esse mesmo motivo, inseguras em ondas maiores.
Triquilhas
Hoje a maioria das pranchas no mercado é de triquilhas, que proporcionam maior equilíbrio entre manobrabilidade e segurança.
Quadriquilhas
As quadriquilhas possuem duas asas em cada lateral, o par de quilhas traseiros tem a função simultânea de asa e leme, gerando menos arrasto quando comparadas às triquilhas o que as tornam pranchas mais velozes e menos manobráveis por sua estabilidade.
Neste artigo esclarecemos alguns pontos básicos da hidrodinâmica das quilhas. Se ainda tiver qualquer dúvida, clique aqui e fale com um dos nossos shapers e coaches Sergio e Renan Salgado. Teremos o maior prazer em atendê-los.